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Diante da globalização e, conseqüentemente todos os avanços tecnológicos trazidos surgem à necessidade da sociedade de conhecê-los ou aprimorar seus conhecimentos para acompanhar toda essa evolução. Toda a equipe de saúde e principalmente os enfermeiros por passarem mais tempo com o paciente precisam saber manusear esses equipamentos tais como raio -x, estetoscópio, tensiômetro entre outros.

Como em outras profissões, a área de enfermagem vem ao longo dos tempos sofrendo mudanças constantes em virtude do grande avanço tecnológico, porém nem sempre os profissionais da área então preparados para manusear esses equipamentos.

O avanço tecnológico é fundamental para as práticas em enfermagem, porém nunca pode substituir o papel do enfermeiro no processo do cuidado, uma vez que só ela poderá oferecer serviços que englobam todas as dimensões do ser humano. Todos os tipos de tecnologia (informação, comunicação e biomédico) contribuem para uma melhor assistência ao cliente no processo do cuidar.

Tecnologia

A industrialização trouxe consigo, além da modernização, o avanço tecnológico e a valorização da ciência em detrimento do homem e de seus valores. Os avanços tecnológicos também ocorreram na área da saúde, com a introdução da informática e do aparecimento de aparelhos modernos sofisticados que trouxeram muitos benefícios e rapidez na luta contra as doenças. Essa tecnologia moderna, criada pelo homem a serviço do homem, tem contribuído em larga escala para a solução de problemas antes insolúveis e que podem reverter em melhores condições de vida e saúde para o paciente (BARRA, 2006).

Vivemos numa era tecnológica onde muitas vezes a concepção do termo tecnologia tem sido utilizada de forma enfática, incisiva e determinante, porém equivocada na  nossa prática diária, uma vez que tem sido concebido, corriqueiramente, somente como um produto ou equipamento. A temática tecnologia não deve ser tratada através de uma concepção reducionista ou simplista, associada somente a máquinas. Entendemos que a tecnologia compreende certos saberes constituídos para a geração e utilização de produtos e para organizar as relações humanas. (BARRA, 2006).

O termo tecnologia  vem do grego  τεχνη — “ofício” e λογια — “estudo”  envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados ou utilizados a partir de tal conhecimento. (http://www.wikipedia.org). Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa tecnologia é, “teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana; técnica ou conjunto de técnicas de um domínio particular; qualquer técnica moderna e complexa”.

A Tecnologia é o eixo comum que perpassa todas as dimensões. Em um mundo que a cada dia nos confunde mais, onde é difícil se dizer o que é real, o que é ficção ou o que é virtual, fica muito mais complexo definirmos um conceito para esclarecê-la de forma objetiva. A tecnologia só continuará sendo útil, enquanto a sua aplicação trouxer significado produtivo para a vida do homem.

Tecnologias em saúde

A tecnologia é de grande ajuda à área de saúde, devido aos diagnósticos, terapias e reabilitação, como também na agilidade na troca de informação.

Entendem-se como tecnologias em saúde: medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos, teleconferências, videoconferências, sistemas organizacionais, educacionais, de informação e de suporte e os programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. Os produtos e processos tecnológicos sociais e culturais carregam relações de poder, intenções e interesses a aplicar o conhecimento da tecnologia no dia-a-dia do enfermeiro, levando a compreender o seu papel como administrador da assistência ao paciente, utilizando novos recursos (http://br.answers.yahoo.com/question)

“A tecnologia para a saúde evoluiu muito, e o enfermeiro entra nesse espaço desenvolvendo, operando e comercializando esses equipamentos”, afirma Sonia Maria Oliveira de Barros, diretora da Faculdade de Enfermagem do hospital Albert Einstein. Segundo ela, o profissional será importante para ensinar os procedimentos de manuseio e como aproveitar melhor o aparelho. “O enfermeiro pode explicar a um cliente qual será a contribuição daquele equipamento para a clínica ou para o hospital.”

Grace, 2007, relata que a aplicação de tecnologia pelo enfermeiro é um dos suportes fundamentais para intervir de modo competente e seguro numa interação coletiva com a equipe de enfermagem, com o cliente e sua família, bem como junto aos integrantes da equipe de saúde.

A responsabilidade do enfermeiro está na tomada de decisões, em assumir a liderança na equipe de enfermagem e promover ao ser humano o melhor cuidado possível. O desenvolvimento da ciência e todo avanço tecnológico vêm provocando modificações significantes nas mais diversas atividades desempenhadas pelos indivíduos. E, neste contexto, o setor saúde está inserido, uma vez que se encontra diretamente comprometido com a vida da pessoa e, por conseguinte, com todos os processos evolutivos dos quais ela faz parte. Por outro lado observa-se que existe uma dificuldade por parte dos profissionais em gerenciar essas tecnologias, isso ocorre pelo despreparo para os desafios criados pelas mesmas.

Evolução tecnológica na área da enfermagem

A história da tecnologia na área da saúde começou com a revolução industrial através de novas tecnologias em praticamente todas as áreas do conhecimento. As ciências aplicadas possibilitaram o advento de máquinas e equipamentos que substituíram e/ou minimizaram a necessidade da força humana física  trabalho necessita de recursos instrumentais baseados em novas tecnologias decorrentes da evolução da informática, para facilitar a sua

Segundo PEIXOTO (1994), Essas transformações tecnológicas, assumiram fundamental importância na sociedade contemporânea, não só frente às repercussões junto ao processo produtivo como também, por gerar algumas tendências que deram origem a novos formatos organizacionais, novas relações de trabalho, influenciando as qualificações profissionais e as relações sociais.

A descoberta do raio-x, no final do século XIX, e sua aplicação com fins diagnósticos no início do século XX, constituíram um marco importante na história da medicina. O sucesso do emprego do raio-x levou os profissionais à busca de outros métodos diagnósticos por imagens, sendo presenciado nessa geração o aparecimento da ultra-sonografia, da tomografia computadorizada e da ressonância magnética (DIAS et al, 1996).

No Brasil, o ritmo acelerado e inovações tecnológicas iniciaram-se na década de 30. Uma visão geral da história da evolução tecnológica no país é traçada a seguir segundo PEIXOTO (1994): Após a década de 30, em decorrência de pressões provenientes do processo de industrialização, reflexos da difusão cultural exercida pelos países industrializados passaram a ser observados, também, no setor da saúde, tais como, repercussões no ensino médico e na infra-estrutura da saúde.

Nos anos 50, inicia-se a industrialização da medicina, constatando-se uma ampliação da rede hospitalar com ênfase na atenção médica curativa do caráter individual, na especialização e na tecnificação do ato médico.

Na década de 60, estabelece-se o discurso hegemônico da racionalidade que, tinha como principal objetivo, expandir a assistência curativa no âmbito hospitalar.

Nas últimas cinco décadas o acirrado desenvolvimento biotecnológico vem acontecendo numa “velocidade avassaladora que mal conseguimos acompanhá-lo e fazermos uma reflexão profunda dos significados e da importância das várias conseqüências advinhas desse crescente processo de evolução” (MAFTUM et al, 2004, p.116).

A enfermagem cresceu e desenvolveu-se juntamente com advento da tecnologia, seja ela de informação, de comunicação ou de biomédica. O desenvolvimento, a triagem e a observação intensiva foram introduzidos por Florence Nigthingale, na Guerra da Criméia, no século XIX, proporcionando o modelo par o cuidado de Enfermagem ao paciente criticamente enfermo, atualmente concentrado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A Enfermagem que atua nas UTI’s acompanhou essa evolução tecnológica assumindo novas responsabilidades e, conseqüentemente, adquirindo maior respeito e autonomia.

No processo de profissionalização da Enfermagem buscou-se, desde o início, construir um campo de conhecimentos específicos que deveria tanto manter operantes os sistemas de valores que caracterizavam o feminino e o cuidado como sua extensão, quanto adquirir o estatuto de ciência. O que podemos ver nesse processo, é que a relação com a tecnologia, definida e valorada como tributária do paradigma positivista de ciência, foi entendida e experimentada, hegemonicamente, de duas formas distintas (RUDGE, 1999).

Segundo RUDGE (1999), em um primeiro longo momento, que se estende mais ou menos até os anos sessenta do século XX, a tecnologia foi incorporada como uma dimensão fundamental da profissionalização: conhecer, dominar, manusear e desenvolver tecnologia era um imperativo da cientifização. O movimento que se fez foi o de assumir os pressupostos filosóficos modernos ou iluministas que fundamentavam o paradigma da universalidade, da racionalidade, da neutralidade, da objetividade, da prerrogativa de definir a verdade, da ascendência sobre qualquer outra forma de saber que não compartilhasse de tais requisitos, da suposição de uma essência de humano centrada na razão, dentre muitos outros. Em um segundo momento, que se vive e se agudiza à medida que se ampliam as críticas a esses pressupostos filosóficos da modernidade ocidental, a pretensa neutralidade e universalidade deste paradigma passam a ser colocadas em questão.

O desenvolvimento e a evolução tecnológica repercutiram na Enfermagem de duas formas: a primeira foi com a mudança do tipo e da intensidade do cuidado de Enfermagem, e a segunda foi sobre o provimento do desse cuidado e sobre aqueles que o prestavam, já que papéis, valores e padrões de trabalho foram influenciados pelos níveis de tecnologia que estão em constante mutação (PILLAR, 1994).

Tecnologias de informação

A informação é o maior patrimônio e ferramenta para a saúde. O desenvolvimento de soluções de tecnologia de informação adaptado à saúde é, portanto, uma necessidade absoluta. Vale ressaltar que a implantação da informatização não é apenas a instalação de computadores, terminais e impressoras. Constitui mudança de procedimento, Portanto, é necessário orientar os profissionais para a cultura da informação, as melhores formas de promover a saúde do paciente.

Segundo Carlos Eduardo Machado Munhoz a tecnologia da informação, apesar de também ser um conceito amplo, restringe-se às maneiras de lidar com as informações – em quaisquer níveis e âmbitos. Neste sentido, cabe ressaltar que nos últimos anos (mais especialmente a partir de 1996) a quantidade de informações disponíveis a qualquer pessoa cresceu vertiginosamente – e um dos motivos foi o crescimento da Internet. Podemos dizer que através de intrincados conjuntos de hardware, software e telecomunicações, a tecnologia da informação viabiliza complexos processos de negócio; ao mesmo tempo, contribui para os negócios a partir de sofisticadas manipulações oferecendo diferentes visões destes negócios.

A tecnologia da informação é um “tipo” de tecnologia, pensada especificamente para gerenciar os mais diversos tipos de informações – e, neste caso, gerenciar a informação significa disponibilizar as informações adequadas no momento certo para as pessoas que precisam dela. No contexto das sociedades atuais a informação assume uma grande importância no âmbito da saúde. Por isso, não é de estranhar uma preocupação crescente.

O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados a obras armazenadas; reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial. Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos de dados, de editoração eletrônica, bem de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a internet).

A difusão das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os cidadãos geralmente não têm acesso a grande quantidade de informação sobre eles, coletadas por instituições particulares ou públicas.

“A informação tecnológica pode ser a maior ferramenta dos tempos modernos, mas é o julgamento de negócios dos humanos que a faz poderosa” (Charles B. Wang). O ambiente empresarial está mudando continuamente, tornando-se mais complexo e menos previsível, e cada vez mais dependente de informação e de toda a infra-estrutura tecnológica que permite o gerenciamento de enormes quantidades de dados está determinando um novo perfil de produtos e de serviços.

Segundo Adriana Beal, “O principal benefício que a tecnologia da informação traz para as organizações é a sua capacidade de melhorar a qualidade e a disponibilidade de informações e conhecimentos importantes para a empresa, seus clientes e fornecedores. Os sistemas de informação mais modernos oferecem às empresas oportunidades sem precedentes para a melhoria dos processos internos e dos serviços prestados ao consumidor final.”

A TI em relação a computadores no hospital, em uma recepção os recepcionistas perdiam tempo em procurar fichas antigas de clientes em arquivos, ou tinham que disponibilizar outro funcionário para tal função, com o avanço da tecnologia, os computadores assumem o trabalho de uma ou mais pessoas.

Jacques Marcovith comenta “que quando se impõem limites a TI sem prévio estudo, caracteriza-se uma nociva desconsideração de tendências, onde a competição não estaria acontecendo apenas entre empresas, mas entre padrões ou comportamentos pouco convencionais”. Cabe a cada organização encontrar uma abordagem adequada às suas necessidades específicas em gestão da informação.

A TI e seus computadores não possuem “poderes mágicos” de resolver problemas de gestão, racionalizar processos ou aumentar a produtividade. Bill Gates em seu livro: A Estrada do Futuro fez o seguinte comentário: “Diretores de empresas pequenas e grandes ficarão deslumbrados com as facilidades que a tecnologia da informação pode oferecer. Antes de investir, eles devem ter em mente que o computador é apenas um instrumento para ajudar a resolver problemas identificados. Ele não é como às vezes as pessoas parecem esperar uma mágica panacéia universal”. A Tecnologia da Informação está permeando a cadeia de valor, em cada um de seus pontos, transformando a maneira como as atividades são executadas e a natureza das interligações entre elas.

Tecnologias da comunicação

O sonho virou realidade, a era das realizações de recursos humanos e tecnológicos hoje é realidade. Os profissionais da área de saúde vêm utilizando esses recursos para um avanço mais rápido dos quadros clínicos, para beneficiar os clientes e auxiliá-los na assistência.

Comunicação é uma palavra de sentido amplo e como tal abre um leque de possibilidades em vários segmentos. Com o surgimento de novas tecnologias, além da sofisticação e aprimoramento de métodos de comunicação já existentes, afloram a cada dia novas alternativas tornando mais dinâmicas as possibilidades de comunicação.

Essa evolução na área de comunicação é parte integrante da própria evolução do homem e da sociedade, mesmo porque é sabido que a comunicação está diretamente ligado aos sentidos humanos. Na verdade as pessoas e a sociedade em si estão procurando aprimorar esses sentidos.

FRANÇA (2000) ”assinala que tecnologias irão facilitar ainda mais o intercâmbio entre os profissionais de saúde entre si e com os pacientes; e para FERREIRA e LIMA (2000)” o uso rotineiro de informações em um hospital atende as necessidades,  a priori, de dois processos: a assistência ao paciente e ao do funcionamento do hospital.” Por tanto é necessário afirmar que a abordagem a informação e comunicação em saúde, e em especial em enfermagem, que será muito utilizada.

A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional.

A comunicação humana se desenvolve em diversos campos de diferentes naturezas, dos quais podemos destacar dois enfoques distintos: a comunicação em pequena escala, e a comunicação em larga escala ou comunicação de “massa”.  Em ambos os casos, o ser humano passou a utilizar utensílios que passaram a auxiliar e a potencializar o processo de produção, envio e recepção das mensagens. A tecnologia passou a fazer parte da comunicação humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo do seu desenvolvimento..

CUNHA (2002) comenta, que  com a chegada da tecnologia, e as mudanças constantes, existe e exige uma necessidade, quase que obrigatória dos indivíduos se adaptarem e estarem aptos as inovações, ou seja, esta sempre se reciclando.

Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. Deste ponto de vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (por exemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo, relações públicas, publicidade, audiovisual e meios de comunicação de massa).

A comunicação humana se desenvolve em diversos campos de diferentes naturezas, dos quais podemos destacar dois enfoques distintos: a comunicação em pequena escala, e a comunicação em larga escala ou comunicação de “massa”. Em ambos os casos, o ser humano passou a utilizar utensílios que passaram a auxiliar e a potencializar o processo de produção, envio e recepção das mensagens. A tecnologia passou a fazer parte da comunicação humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo do seu desenvolvimento.

Com a evolução das novas tecnologias a palavra comunicação amplia ainda mais seu significado, chegando a níveis de dinamismo que transcendem as eras. Apesar disso, as decisões ainda são individuais dentro dessa sociedade.

Educação permanente: uma necessidade para a enfermeira  frente às novas tecnologias

Segundo a OMS, “educação contínua” é  o processo que inclui as experiências posteriores ao adestramento inicial, que ajudam o pessoal a aprender competências importantes para o seu trabalho,e segundo a OPAS, a educação contínua é como um processo permanente que se inicia após a formação básica e está destinado a atualizar e melhorar a capacidade de uma pessoa ou grupo, frente às evoluções técnicas científicas e as necessidades sociais.

As mudanças socioeconômicas forçaram uma grande transformação no estilo de vida e nas concepções sociais enfatizando,o entendimento de que o homem é incompleto e que existe a necessidade de aprender mais. Para o profissional de enfermagem que atuam ,frente ao avanço do crescimento de conhecimento,o preparo para o futuro será valido para seu desempenho profissional. A educação permanente é sinônimo de educação continuada, como cita LOWE “toda e qualquer atividade que tem por objetivo provocar uma mudança de atitudes e/ou comportamentos a partir da aquisição de novos conhecimentos,conceitos e atitudes”.

Nas instituições de saúde, os serviços de enfermagem, parte integrante das organizações,vêm compreendendo a necessidade de promover oportunidades de ensino para sua equipe,no sentido de melhorar a prática da enfermagem. A educação deve ser entendida,pois,como um principio amplo que percorre toda vida do individuo,garantido acesso ao conhecimento,propiciando o desenvolvimento profissional e provendo a melhoria da qualidade da assistência.

NUNES comenta que: “é prioridade absoluta, homens e mulheres da ciência, preocupação constante em assegurar que o desenvolvimento cientifico e tecnológico ocorra em beneficio do ser humano,e que a forma de conhecimentos não transforme em constrangimento, seqüelas ou abusos sobre os sujeitos da pesquisa,qualquer que seja a desculpa ou argumentação utilizada”.

Cabe a educação continuada levar o funcionário a ter papel ativo na sua aprendizagem. Dessa forma não se trata apenas de transmitir conhecimento, mas sim de vivenciar, trabalhar em conjunto, para que o trabalhador seja capaz de resolver os problemas da sua prática profissional.

Tecnologia biomédica

Os avanços da tecnologia têm contribuído muito com a área da saúde e para a garantia de mais qualidade de vida à população. Apesar de a medicina já ser praticada desde os tempos mais remotos, seu uso e entendimento como ciência data de aproximadamente seis séculos antes de Cristo, na Grécia. De lá para cá, muitas descobertas transformaram a forma de entender e tratar dos males do corpo humano.

Só para se ter uma idéia, um instrumento básico de consultório – o estetoscópio – que o paciente deve estar acostumado a ver toda vez que visita seu médico – foi uma das invenções que revolucionaram a aplicação de equipamentos na medicina. A criação, em 1816, pelo médico francês René Laënnec sobreviveu às mudanças sociais e hoje, em pleno século XXI, continua como um dos aparelhos mais utilizados na área com algumas modificações.

Ainda sim, da era da Revolução Industrial para a era da Sociedade Virtual, as mudanças foram ainda mais significativas. E o reflexo no bem estar da população é evidente. No que diz respeito à saúde, de modo geral, vivemos mais e melhor. Basta verificar que, a expectativa de vida de um homem brasileiro que era de 33,4 anos em 1910, passou para os 64,8 anos em 2000, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje.

Entende-se por Tecnologias Biomédicas, todos os equipamentos voltados para o bem estar físico e social do ser humano, bem como todos os materiais utilizados por toda a equipe de saúde no cuidado do paciente, para que cheguem a um resultado satisfatório.

Os exemplos são muitos desde o mais simples, e não menos importante, até o mais moderno da nova era de informação e tecnologia voltada para a saúde e bem estar do paciente. São alguns deles:

  • Tecnologias voltadas para diagnósticos: robôs são utilizados em cirurgias; computadores ultramodernos; sofisticados equipamentos de diagnósticos por imagem que “escaneam” completamente o corpo humano e detectam anormalidades como nódulos, tumores, fraturas, derrames, abscessos, isquemias (AVC), hemorragias e outros com precisão milimétrica; prontuários eletrônicos e acompanhamento remoto de pacientes; hemograma, gasometria, glicosímetro (medir glicemia); sumário de urina; parasitológico de fezes; são alguns deles.
  • Tecnologias para a reabilitação dos pacientes: próteses; gazes; curativos; remédios; cadeira de rodas; fisioterapia; termômetro; sondas; tensiômetro (aparelho de pressão); soro fisiológico; balança; entre outros.
  • Médicos operam coração de bebê na barriga da mãe. É o caso do bebê Assad que sofria de hipoplasia de câmaras esquerdas, uma doença grave, que é a má formação do lado esquerdo do coração. E Com 33 semanas de vida, a equipe de Assad se uniu para um desafio raro na medicina brasileira: aplicar a anestesia através do cordão umbilical e operar o pequeno coração, dentro da barriga materna. Os médicos introduziram uma agulha através do abdome da mãe e chegaram até o ponto da atrofia.
  • A tecnologia melhora cirurgias no coração, segundo o cardiologista austríaco Otmar Pachinger, da Universidade de Innsbruck, durante o Congresso Europeu de Cardiologia realizado em Viena. O especialista lembrou que os novos “stents” são programados para se dissolver automaticamente em longo prazo dentro do corpo conseguindo melhorar consideravelmente os resultados das cirurgias no coração. Stents’ mantêm abertos os vasos sanguíneos obstruídos. Um stent é uma endoprótese expansível, caracterizada como um tubo (geralmente de metal, pricipalmente nitinol e aço) perfurado que é inserido em um conduto do corpo para prevenir ou impedir a constrição do fluxo no local causada por entupimento das artérias.
  • Primeiros robôs serão usados nos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês. Esta era da tecnologia biomédica já está em uso em mais de 300 hospitais no mundo todo e ainda neste ano, brasileiros começarão a ser operados sem que sejam tocados pelos médicos. Quem utilizará os bisturis e as pinças serão robôs, comandados de longe por cirurgiões

A Tecnologia Biomédica tem como objetivo de auxiliar os profissionais da área de saúde no diagnóstico, na monitoração de pacientes e na investigação de patologias bem como assistir os pacientes durante o tratamento médico ou em procedimentos de reabilitação, como indivíduos com necessidades especiais. E ainda os avanços tecnológicos podem contribuir para uma qualidade de vida e até mesmo salvar vidas.

Humanizações X Novas Tecnologias

A tecnologia não consiste exclusivamente na aplicação pura do conhecimento, mas de vários conhecimentos reunidos, com a finalidade de encontrar a solução para uma anormalidade, RODRIGUES (1999, p.61) afirma que, “a descoberta científica resulta da busca do saber pelo saber em si, ainda que se admita que o cientista, sempre tenha um interesse por aquilo que esteja pesquisando”.

É claro que a tecnologia é essencial, desejável e necessária à modernização do atendimento aos pacientes, tornando-se útil para prolongar a vida e diminuir o sofrimento de muitas pessoas, no entanto, não se deve deixar o paciente de lado dando prioridade aos aparelhos, conforme descreve RIBEIRO et al (1999, p.19) ao dizer que, “de nada adianta ser um humanista e observar o homem que morre por falta de tecnologia, nem ser rico em tecnologia apenas para observar os homens que vivem e morrem indignamente”.

Sendo assim, a tecnologia não impede que o enfermeiro exerça sua função do cuidar. Para Folta apud RIBEIRO et al (1999, p.19),

“não há evidências de que menor atenção à tecnologia implique em maior cuidado direto e humanizado, então, se faz necessário um equilíbrio entre a atenção dispensada, a tecnologia e a humanização do cuidado ao paciente”.

Para isso pode-se utilizar meios que favoreçam a interligação, onde um deles é a comunicação, como evidenciam LOPES et al (1998, p.60),

“a importância da comunicação é a explicação mais eficaz sobre os variados procedimentos, pois, além de promover maior grau de conhecimento e esclarecimento, favorece sentimentos de segurança e cooperação”.

Conclusão

Percebemos que quando falamos da evolução histórica em saúde e na enfermagem, mostramos que é de fundamental importância a existência da tecnologia, andando lado a lado com o homem. Trata-se de um tema abundante e rico e que apesar das dificuldades deve ser valorizado, pois diante das perspectivas atuais a tecnologia tende a evoluir cada vez mais a favor da humanidade.

Assim observamos que a tecnologia oferecida em rede hospitalar é insuficiente para uma boa qualidade na assistência ao individuo enfermo, embora seja indispensável para propiciar a mesma. A tecnologia avançou muito rapidamente no mundo, porém isso não implica em uma leitura que os profissionais da área sejam incessíveis ao sofrimento das pessoas assistidas.

Independentemente do uso de novas tecnologias cabe ao enfermeiro manter, no ambiente que trabalha uma presença humanizada na busca pela harmonização do paciente e do seu bem-estar físico, mental e social.

Referencias:

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