Terapêutica medicamentosa em odontologia

Os anestésicos locais são agentes que bloqueiam reversivelmente a condução nervosa, quando aplicados a uma região circunscrita do corpo. Embora numerosas substâncias de estrutura química diversa sejam capazes de produzir anestesia local, a maioria das drogas de comprovada utilidade clínica (identificadas pelo sufixo “caína”) compartilham uma configuração fundamental com o primeiro anestésico local verdadeiro, a cocaína (ANDRADE, 2005).

Os analgésicos de ação central são principalmente utilizados para o alívio da dor e, por conseguinte encontram ampla aplicação na odontologia. Os opioides também possuem efeitos antitussígenos (supressores da tosse) e constipantes terapeuticamente úteis, além de vários efeitos indesejáveis, como a depressão respiratória, retenção urinária, náuseas e vômito, e, por vezes, constipação indesejada.

Os agentes anti-inflamatórios não-esteróis (AINEs) incluem algumas das medicações mais frequentemente utilizadas. Sua eficácia no alívio da dor e da febre, bem como a ausência de reações adversas graves na maioria dos indivíduos, com o seu uso ocasional, contribuem para sua popularidade. Como os referidos agentes compartilham um mecanismo de ação comum, exercem efeitos terapêuticos e tóxicos qualitativamente e semelhantes (GOODMAN & GILMAN, 2006).

Portanto, a dor deve ser interpretada como uma finalidade protetora, ou seja, é uma advertência para que seja pesquisada alguma anormalidade e fornece informação para se chegar às hipóteses de diagnóstico e mesmo ao diagnóstico final. As odontalgias embora consideradas somáticas superficiais (localizadas e melhor suportadas) muitas vezes apresentam-se com características de dor profunda, mal localizadas, associadas à náuseas, palidez, sudorese e podem ser referidas a outras áreas e, nestas condições, além de dificultar o diagnóstico, constituem-se exceção a regra.

Diante disso, pode-se dizer que a aplicabilidade dos analgésicos é inegavelmente de grande valia. Porém, vale salientar que a supressão da dor pode, em alguns casos, ser somente um fenômeno secundário, quando, por meio de uma terapêutica adequada, identifica-se a causa da dor (inflamação, infecções, contrações musculares) de tal modo que anti-inflamatórios, antibióticos, espasmolíticos podem aliviar a dor de uma maneira indireta (terapêutica causal).

Dessa forma, eleger um protocolo medicamentoso levando-se em consideração se será preciso ou não a prescrição de medicamentos depois do procedimento realizado, pois o CD frente a ampla gama de medicamentos utilizados para controle da dor ainda não possui segurança completa para definir qual a droga de escolha frente aos diferentes ocorrências que surgem no consultório.

Tal pesquisa tem relevância social, pois irá demonstrar a sociedade brasileira e, em especial, aos profissionais de odontologia, a relevância do uso de drogas terapêuticas para aliviar ou acabar com as dores. Desta forma, pode-se citar o uso de anestésicos locais, analgésicos e anti-inflamatórios.