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Temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas atividades físicas recentes, do consumo dos alimentos e de líquidos, do horário e do dia em que é mensurada e, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual.
A temperatura corporal normal, de acordo com a Associação Médica Americana, pode varias de 36,5°C a 37,2°C. A temperatura pode ser medida das seguintes maneiras:

• Axilar – A temperatura axilar pode ser verificada sob o braço usando um termômetro de mercúrio ou digital. As temperaturas medidas desta forma tendem a ser 0,3 a 0,6°C mais baixas do que aquelas temperaturas mensuradas pela via oral ou retal.
• Oral – A temperatura pode ser mensurada pela boca usando o termômetro clássico de vidro e mercúrio, ou com os termômetros mais modernos, digitais que possuem um sensor eletrônico.
• Retal – As temperaturas são medidas pela introdução retal (usando um termômetro de mercúrio ou um termômetro digital) e tendem a ser 0,6° mais altas do que quando comparadas com a oral.
• Central – A temperatura nos tecidos profundos do corpo (ou “centro”) permanecem quase constante, dia após dias, com variação de mais ou menos 0,6°C, exceto quando o indivíduo contrai alguma doença febril. A medição pode ser feira por meio do conduto auditivo, utilizando-se um termômetro com sensor infravermelho.

O corpo nu pode ficar exposto a temperaturas de apenas 13°C ou de até 70°C, em ambientes secos, e ainda manter sua temperatura corporal quase constante.

Temperatura Cutânea

Ao contrário da temperatura central, aumenta e diminui com a temperatura do meio ambiente. Essa é a temperatura que tem importância quando nos referimos à capacidade da pele perder calor para o meio ambiente.




Temperatura Central Normal

Nenhum nível isolado de temperatura pode ser considerado normal, visto que as medias efetuadas em muitas pessoas normais mostraram uma faixa normal desde 36°C até 37,5°C. Quando medidos na via retal, os valores são aproximadamente 0,6°C maiores que as temperaturas orais. Em geral, a temperatura normal média situa-se entre 36,7 e 37° C quando medida da boca, e é cerca de 0,6°C maior quando medida por via retal.

Temperatura Corporal

Varia ligeiramente com o exercício e com extremos de temperatura do meio ambiente. Quando o corpo produz calor excessivo durante exercício intenso, a temperatura retal pode aumentar para 38,3°C a 40°C. Por outro lado, quando o corpo fica exporto ao frio a temperatura retal quase sempre pode cair para valores inferiores a 36,6°C.

Regulação da Temperatura

O organismo produz calor continuamente, como resultado do seu metabolismo. Essa calor é dissipado (perdido) através da pele.
Três processos físicos principais estão envolvidos na perda de calor para o ambiente:
1 – Radiação – Transferência de calor para outro objeto de temperatura mais baixa, situado a distância.
2 – Condução – Transferência do calor para um objeto mais frio em contato com ele.
3 – Convecção – O calor transferido por condução pelo ar que circunda o corpo é removido pela convecção que consiste no movimento do volume de moléculas de ar quente distante do corpo.

Evaporação

A evaporação pela pele auxilia o processo de perda de calor por condução. O calor é conduzido através da pele para as moléculas de água de sua superfície, fazendo com que a água se evapore. A fonte de água na superfície cutânea pode ser da respiração insensível, do suor, ou do ambiente.
Quando a temperatura ambiente é muito elevada, a radiação e a convecção não são eficazes e a evaporação pela pele torna-se o único meio de perder calor.
A rapidez da perda de calor, depende da temperatura da superfície da pele, que, por seu turno, é uma função do fluxo sanguíneo cutâneo.
Sob condições normais, o sangue total que circula através da pele é de, aproximadamente, 450 ml/minuto. O fluxo sanguíneo através destes vasos é controlado principalmente pelo sistema nervoso simpático. Um aumento do fluxo sanguíneo resulta na liberação de mais calor pela pele e numa rapidez maior da perda de calor pelo corpo. Por outro lado, o decréscimo do fluxo sanguíneo diminui a temperatura cutânea e ajuda a conservar o calor para o corpo. Quando a temperatura começa a decrescer, como ocorre em um dia frio, há uma constrição vascular cutânea, reduzindo a perda de calor pelo corpo.

Sudorese

A sudorese é outro processo pelo qual o corpo pode regular a velocidade da perda de calor. A sudorese não irá acontecer até que a temperatura central do corpo ultrapasse 37°C, independentemente da temperatura da pele. Nos ambientes extremamente quentes, a rapidez de produção do suor pode ser bastante elevada, chegando a 1 litro por hora.

FEBRE

Hipertermia ou febre

A febre, também chamada de pirexia, se refere à temperatura corporal acima da faixa normal de geralmente indica que um processo patológico está ocorrendo no organismo, como um processo infeccioso, inflamatório ou neoplásico, etc.
A maioria dos processos infecciosos é acompanhado de hipertermia, cujas distinções – como intensidade, tempo de duração e periodicidade – variam conforme a natureza da infecção e características orgânicas do paciente.
A hipertermia costuma ser acompanhada de alterações cardiorrespiratórias, incluindo aumento da frequência respiratória (taquipneia) e dos batimentos cardíacos (taquicardia).
São comuns as queixas de fadiga, mal-estar, dores no corpo, secura na boca e falta de apetite, que causam muito desconforto à pessoa acometida. Pode provocar períodos de calafrio (sensação de necessidade de se agasalhar); em outros momentos, podem ocorrer episódios de transpiração e sensação de calor.
A severidade do processo causal da febre, não necessariamente é refletida pelo grau da temperatura. Por exemplo, a febre por um quadro gripal pode facilmente elevar a temperatura para 40°C, enquanto uma pneumonia pode apresentar febre baixa.
Indivíduos recebendo analgésicos ou anti-inflamatórios, idosos, diabéticos, ou ainda, indivíduos imunossuprimidos, podem não apresentar elevação da temperatura corporal quando isto seria esperado em razão de determinadas patologias.
Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou menos constante, independente das variáveis do meio externo. A temperatura corporal está intimamente relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um processo de liberação de energia por meio das reações químicas ocorridas nas células.
A hipertermia ou febre pode ser causada por anormalidades no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros de regulação térmica denominados agentes pirógenos, liberados por tecido do organismo em degeneração e pirógenos secretados por bactérias tóxicas que provocam febre condição patológica.

Valores normais e suas variações:
• Temperatura axilar: 35,8°C – 37°C.
• Temperatura oral: 36,3°C – 37,4°C.
• Temperatura retal: 37°C – 38°C.
• Hipotermia – temperatura abaixo do valor normal.
• Hipertermia – temperatura acima do valor normal.
• Febrícula – temperatura entre 37,2°C e 37,8°C.

Verificação da temperatura corporal

Material – termômetro de mercúrio ou digital, algodão, álcool.

Ação – Primeiramente, deve-se zeras a temperatura do termômetro, segurando-o sempre pela sua base e evitando tocá-lo na ponta de mercúrio ou no sensor. Colocar o termômetro na área a ser verificada (segurando pela haste de vidro e nunca pelo buldo evitando, desta forma, alterações no resultado da medição) – Esperar aproximadamente quatro minutos, retirar o termômetro segurando novamente pela haste – Verificar a temperatura pelo mostrador da coluna de mercúrio.

Observações:

Para garantir a precisão do dado, recomenda-se deixar o termômetro na axila do paciente por 3 a 4 minutos. Em seguida, proceder à leitura rápida e confirmar o resultado recolocando o termômetro e reavaliando a informação até a obtenção de duas leituras consecutivas idênticas em caso de febre.
Deve-se higienizar o termômetro com álcool após a verificação.

Referência:

O Hospital – Manual do Ambiente Hospitalar – 9ª edição. Virginia Helena S. de Souza e Nelson Mozachi.

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