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Vias de administração de medicamentos

Aspiração de via aérea

Home Care é o termo em inglês para a assistência domiciliar, envolvendo ações de promoção á saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, desenvolvidas em domicílio.

No atendimento domiciliar (home care) é possível ser prestado diversos serviços em saúde: médico, enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, dentista, terapeuta ocupacional, dentre outros.

Os atendimentos prestados estão cada vez mais amplo sendo possível realizar em Home Care: exames laboratoriais, raio-x, cuidados com lesões e ostomias, oxigenoterapia, ventilação mecânica, nutrição parenteral e enteral, administração de medicações injetáveis e hemotransfusão.

Para ser avaliado elegibilidade para Home Care é seguido alguns instrumentos pelos serviços de saúde para subsidiar os profissionais de saúde: NEAD (Núcleo Nacional de Empresas de Assistência Domiciliar) e ABEMID (Associação Brasileira de Empresas de Medicina de Internação Domiciliar).

O NEAD avalia os seguintes critérios:
  • internações no último ano; tempo de internação; deambulação; plegias; eliminações; est. nutricional; higiene;
  • alimentação; curativos; nível de consciência;
  • secreção pulmonar; drenos/cateter/estomias; medicações; quadro clínico; padrão respiratório; dependência de O2.
ABEMID avalia os seguintes critérios:
  • Suporte Terapêutico; Quimioterapia; Suporte Ventilatório; Lesão vascular cutânea; Grau de AVD relacionada a cuidados técnicos;
  • Dependência de reabilitação fisio/fono e outras;
  • Terapia nutricional.

Para o paciente se enquadrar na Atenção Domiciliar deve-se possuir um diagnóstico confirmado com quadro clínico estável, pois diante de instabilidade clínica e hemodinâmica o paciente deve permanecer em âmbito hospitalar; domicílio adequado; identificação de um cuidador responsável pelo paciente e indicação do Médico Assistente.

A forma de encaminhamento de forma geral se da inicialmente por solicitação feita a operadora pelo médico que acompanha o paciente, através de um relatório médico detalhado com descrição do quadro clínico e as necessidades para o serviço domiciliar.

A depender do quadro clínico do paciente, ele pode se enquadrar para Internação Domiciliar ou Atendimento Domiciliar.

Para Lacerda (2000) a internação domiciliar (ID) é a prestação de cuidados sistematizados de forma integral e contínua no domicílio, com supervisão e ação da equipe de saúde específica, personalizada, centrada na realidade do cliente, envolvendo a família. O cliente recebe cuidados e orientações sobre várias ações, pois está com o estado de saúde alterado, precisando de acompanhamento profissional.

Na ID o paciente recebe cuidados de forma integral, neste caso o paciente será elegível caso possua cuidados específicos do profissional de saúde que não cabe ao cuidador por não ser capacitado para execução do procedimento. A depender do nível de complexidade o técnico em enfermagem permanece na casa em regime de 6, 12 ou 24 horas, sendo considerado respectivamente baixa, média e alta complexidade.

O Atendimento Domiciliar (AD) é o conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas, direcionadas para pacientes que apresentam limitação funcional e tem dificuldade de deixar o domicílio. Nesta modalidade de atendimento é possível prestar os serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, administração de medicações, realização de curativos, dentre outros serviços, em que o profissional realiza a visita na casa para realizar o atendimento que o paciente necessita retornando no próximo dia programado de acordo liberação da operadora. Por exemplo: Um paciente possui critérios para AD com o Programa de Atenção Domiciliar (PAD) de fisioterapia Motora e Respiratória 5 vezes por semana, técnico em enfermagem a cada 48 horas para realização de curativo, enfermeira semanal para avaliação de lesão e médico mensal para acompanhamento clínico.

O serviço de atendimento domiciliar (ou Home Care), portanto, tem como objetivos acelerar o processo de recuperação através da proximidade do ambiente familiar; reduzir custos com internações e reinternações; diminuir os riscos de infecções hospitalares; proporcionar um ambiente mais humano ao paciente; diminuir a incidência de depressão por causa da doença; aumentar a rotatividade dos leitos; liberar leitos para pacientes críticos; reintegrar o paciente à vida normal; integrar médico-família-paciente, proporcionando melhores condições psicológicas ao doente. (EQUIPE…, 2004)

Referências:

BRASIL, Ministério da Saúde (2012) Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral de Atenção Domiciliar. Caderno de Atenção Domiciliar – volume 2 .

LACERDA, M.R.Tornando-se profissional no contexto domiciliar: vivência do cuidado da enfermeira. 2000. Tese (Doutorado em Filosofia da Enfermagem) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

EQUIPE DE INTERNAÇÃO Domiciliar do Hospital Dom João Becker. Internação domiciliar. Boletim da Saúde, v. 18, n. 2, 2004.

Autora: Enf. Fernanda de Oliveira Leitão.




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