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O que é Home Care...

Sonda Nasogástrica e Nasoenteral

A aspiração das Vias Aéreas consiste na remoção de secreções por meio de sucção das Vias Aéreas Superiores (VAS – cavidade nasal, laringe, faringe) e/ou Vias Aéreas Inferiores (VAI- traqueia).

Quais indicadores que sinalizam necessidade de aspiração?

Presença de secreção visível na VA; Presença de ruído no tubo traqueal; Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares na ausculta pulmonar; Desconforto respiratório; Queda da SpO2; Oscilações na curva de fluxo do ventilador.

Qual finalidade de realizar aspiração de Via Aérea?

Remover secreções acumuladas; Prevenir infecções e obstruções respiratórias; Promover conforto; Permitir a ventilação e a oxigenação; Prevenir broncoaspiração.

Quais materiais necessários para realizar Aspiração?

Equipamentos de Proteção Individual – EPI – ( luvas de procedimento, óculos protetor, gorro e máscara cirúrgica); luva estéril para aspirar VAI; Cateter de aspiração adequado; Frascos de soro fisiológico 0,9% de 10 mL; extensões de silicone/látex esterilizadas ; Oxímetro de pulso ; estetoscópio; gazes esterilizadas; Fonte de vácuo (canalizada ou portátil); Papel toalha.

Como realizar aspiração de VAS?

– Identificar a necessidade para aspiração;

– Higienizar as mãos;

– Reunir todo o material necessário;

– Paramentar-se com EPI;

– Explicar ao beneficiário o procedimento e o seu propósito;

– Posicionar o beneficiário, preferencialmente em semi-Fowler;

– Instalar o oxímetro de pulso e observar saturação;

– Colocar o papel toalha sobre o tórax do beneficiário;

– Calçar luvas de procedimento;

– Abrir o vácuo e testá-lo;

– Abrir o pacote da sonda;

– Conectar a sonda no látex, segurando a sonda com a mão dominante;

– Interromper dieta administrada por SNE antes de proceder à aspiração, caso o beneficiário esteja fazendo uso do dispositivo;

– Aspirar nasofaringe introduzindo a sonda em uma das narinas, com o vácuo fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de preferência no tempo inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo de forma intermitente. O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a 12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);

– Retirar a sonda devagar, com movimentos rotatórios;

– Imergir a sonda em SF 0,9% entre uma aspiração e outra;

– Aspirar nasofaringe enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);

– Aspirar orofaringe, se necessário, utilizando a mesma sonda, introduzindo a sonda pela boca, com o vácuo fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de preferência no tempo inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo de forma intermitente.

– O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a 12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);

– Desconectar a sonda do látex;

– Desprezar todo material utilizado (sonda, frasco SF, luvas, máscara, papel toalha, etc);

– Posicionar o beneficiário confortavelmente;

– Deixar a unidade em ordem;

– Retirar as luvas;

– Higienizar as mãos;

– Registrar no prontuário o procedimento realizado

Como realizar aspiração de VAI?

– Explicar o procedimento a ser realizado;

– Higienizar as mãos;

– Reunir os materiais necessários;

– Colocar o cliente na posição de Fowler ou semi-Fowler, se não for contraindicado;

– Aplique proteção facial;

– Calce uma luva estéril em cada uma das mãos, ou use luva não estéril na mão não dominante e luva estéril na mão dominante;

– Pegue a sonda com a mão dominante sem tocar nas superfícies não estéril, prenda o látex ao conector;

– Faça o teste do equipamento de vácuo;

– Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, remova o dispositivo liberador de oxigênio ou umidade com a mão dominante;

– Sem aplicar aspiração, insira suave, mas rapidamente o cateter usando o polegar dominante e o dedo indicador na via aérea artificial ate encontrar resistência ou o beneficiário tossir, então puxe de volta 1 cm; –

– Aplique sucção intermitente colocando e liberando o polegar não dominante sobre a abertura do cateter, retire lentamente o cateter enquanto o gira de volta e para frente entre o polegar dominante e o dedo polegar. Encoraje o beneficiário a tossir. Observe sofrimento respiratório;

– Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, feche o adaptador ou substitua o dispositivo de liberação de oxigênio; ;

– Avalie o estado cardiopulmonar do beneficiário com relação à depuração de secreções e complicações. Repita as etapas do procedimento até obter melhora do padrão respiratório ou ausculta de secreções;

– Posteriormente, aspire nasofaringe e orofaringe nesta ordem, após esta passagem o cateter estará contaminado, não o insira novamente no tubo;

– Reconecte o sistema de oxigenação (se em utilização);

– Desconecte o cateter do sistema de vácuo, enrole o tubo na mão dominante. Retire o papel toalha e retire a luva de modo que o cateter fique nela. Descarte-as em local indicado. Desligue o sistema de sucção;

– Deixe beneficiário em posição confortável e organize o ambiente;

– Higienizar as mãos;

Qual a ordem da aspiração da via aérea?

1º VAI ( tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia);

2º Cavidade nasal;

3º Cavidade oral.

Técnico em enfermagem pode realizar aspiração de Via Aérea?

Sim, desde que se enquadre nas considerações descritas na resolução abaixo, artigos 4 e 5:

De acordo COFEN Nº 557/2017 RESOLVE:

Art. 2º Os pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou traqueostomia, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente aspiradas por profissional Enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem.

Art. 3º Os pacientes atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização de Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo que não estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional Enfermeiro, exceto em situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem – CEP.

Art. 4º Os pacientes em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse procedimento realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Art. 5º Os pacientes crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou atendimento domiciliar, poderão ter suas vias aéreas aspirada pelo Técnico de Enfermagem, desde que devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Referências:

SMITH-TEMPLE, J.; JONHSON, J. Y. ET AL. Guia de Procedimentos de Enfermagem. 3. ed. Arte Med: Porto Alegre, 2000

Farias GM, Freire ILS, Ramos CS. Aspiração endotraqueal: estudo em pacientes de uma unidade de urgência e terapia intensiva de um hospital da regiao metropolitana de Natal – RN. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006;8(1):63-9. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/original_08.htm acesso em 20/01/2020 as 08:40

Autora: Enf. Fernanda de Oliveira Leitão.




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